terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Cardeal Peter Turkson do Gana no topo da lista da sucessão do Papa Bento XVI



Os candidatos dos países em desenvolvimento são apontados como os favoritos no processo de escolha do sucessor de Bento XVI. O próximo Papa pode vir de África ou da América Latina.
Francis Arinze já foi um dos preferidos
quando da eleição de Bento XVI
 

O cardeal Peter Turkson, do Gana, perfila-se como o mais provável sucessor de Bento XVI, pelo menos de acordo com as “previsões” das casas de apostas, que dão uma cotação de 9-4, ou seja, uma grande probabilidade, à sua eleição.
A eleição do novo Papa é responsabilidade de um colégio de 118 cardeais, isolados em conclave na Capela Sistina do Vaticano. A pressão para a escolha de uma personalidade oriunda de um país em desenvolvimento é grande: é em África e na América Latina que se concentra 70% da população católica do mundo, e é aí que a Igreja Católica se encontra em expansão – em contraponto com a Europa, que há um século respondia por três quartos dos católicos do mundo e onde agora se encontram apenas 25% dos fiéis.
A escolha do cardeal Peter Turkson, de 64 anos, responsável pelo Departamento da Justiça e Paz e porta-voz do Vaticano para as questões sociais, representaria um momento histórico de viragem e renovação da Igreja Católica: seria a primeira vez que, na era moderna, o mundo católico teria como líder um homem de fora da Europa. O cardeal Francis Arinze da Nigéria, que fora mencionado como uma possibilidade durante o processo de sucessão que culminou com a eleição de Bento XVI, é a outra referência africana.
“As pessoas são livres de especular e fazer os seus próprios juízos. Quando andamos em busca de liderança, julgo que o melhor a fazer é orar a Deus, o líder e dono desta Igreja, para que ele nos ajude a encontrar a pessoa mais capaz neste particular momento da História”, reagiu o cardeal do Gana numa curta entrevista ao programa Focus on Africa da BBC, a partir do Vaticano.
“Seria muito bom que tivéssemos candidatos fortes da África e da América do Sul no próximo conclave”, considerou o cardeal suíço Kurt Koch, ao jornalTagesanzeiger de Zurique, que, instado a manifestar uma preferência, respondeu sem hesitações que, em igualdade de circunstâncias, preferiria um candidato não-europeu a um europeu.
Mas depois das declarações do arcebispo Gerhard Müller, chefe da Congregação pela Doutrina da Fé (um cargo que foi ocupado pelo cardeal Joseph Ratzinger antes de ser eleito Bento XVI), que apontou as capacidades de “muitos bispos e cardeais da América Latina que poderiam receber a responsabilidade pela Igreja”, a “candidatura” do cardeal brasileiro Odilo Petro Sherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, ganhou um novo impulso.
Na lista oficiosa de potenciais sucessores existem outros dois nomes da América Latina: o argentino Leonardo Sandri, filho de pais italianos e nascido em Buenos Aires e que ocupou o cargo de chief of staff, o terceiro lugar da hierarquia do Vaticano, entre 2000 e 2007; e o também brasileiro João Braz de Avis, um defensor da teologia da libertação da América Latina e actual responsável pelo Departamento das Congregações Religiosas do Vaticano.
O favoritismo de Odilo Petro Sherer tem a ver com o facto de liderar a maior diocese do maior país católico do mundo e de ser encarado como uma figura moderada (embora seja visto como um conservador no seu país). No entanto, a implantação e rápido crescimento de Igrejas protestantes evangélicas no Brasil pode ser encarado como uma “mácula” na sua candidatura.
Outros nomes que estão a ser apontados são o cardeal Marc Ouellet, do Canadá, que dirige a Congregação dos Bispos (e que uma vez disse que ser eleito Papa seria “um pesadelo”), e o norte-americano Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, EUA.
Dois italianos, o arcebispo de Milão, Angelo Scola, e o ministro da Cultura do Vaticano, Leonardo Sandri, também figuram entre os papabili. O outro europeu nesta lista é Christoph Schoenborn, o arcebispo de Viena de Áustria – um antigo aluno de Bento XVI e autor da revisão do catecismo da Igreja na década de 1990.
As aspirações da Ásia são representadas pelo filipino Luis Tagle, de 55 anos, que trabalhou com Bento XVI na Comissão Teológica Internacional. Com 55 anos, é uma das personalidades mais carismáticas da Igreja Católica, mas as suas hipóteses serão prejudicadas pelo facto de só ter ascendido a cardeal em 2012.
Os possíveis candidatos portugueses são o actual presidente da Conferência Episcopal, D. José Policarpo; e D. Manuel Monteiro.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Preparativos para Jornada Mundial da Juventude serão mantidos


"A arquidiocese do Rio de Janeiro é grata pelo Papa, reza pelo seu sucessor e anuncia que os trabalhos continuam da mesma forma", afirma dom Orani Tempesta.





O arcebispo do Rio de Janeiro, Orani João Tempesta, garantiu que os trabalhos da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada entre 23 e 28 de julho deste ano, estão mantidos, mesmo após o anúncio da renúncia do Papa Bento XVI nesta segunda-feira, 11. "A arquidiocese é grata pelo papa, reza pelo seu sucessor e anuncia que os trabalhos continuam da mesma forma", afirma dom Tempesta.

Segundo o arcebispo, Bento XVI já tinha dado indícios de que poderia renunciar. "O Santo Padre vê suas forças arrefecerem e dá um exemplo para toda a humanidade. Era possível, embora ninguém esperasse", diz. De acordo com a doutrina da Igreja, a renúncia pode ser feita de livre e espontânea vontade e deve apenas ser comunidade. "Não é preciso que ninguém aceite a renúncia porque ele é a autoridade", explica dom Orani.

Fonte: G1

Cinco cardeais brasileiros devem participar de eleição do próximo Papa - Conclave para escolher sucessor do papa Bento 16 deverá ter um total de 119 cardeais


Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16, que anunciou que vai renunciar ao cargo em 28 de fevereiro de 2013.


AP
Papa nomeia cardeais na Basílica São Pedro, Vaticano (11/2012)


Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, há um total de 119 cardeais aptos a votar no conclave. Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos.


O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
Os cardeais brasileiros que poderão votar são dom Cláudio Hummes, de 78 anos, ex-arcebispo de São Paulo e atual prefeito emérito da Congregação para o Clero, dom Geraldo Majella Agnelo, de 79, arcebispo emérito de Salvador, dom Odilo Scherer, de 63, arcebispo de São Paulo, dom Raymundo Damasceno Assis, de 76, arcebispo de Aparecida, e dom João Braz de Aviz, de 64, arcebispo de Brasília.
Dom Eusébio Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, está fora do conclave por ter completado 80 anos em dezembro. Também já ultrapassaram a idade limite os cardeais dom Paulo Evaristo Arns, de 91 anos, ex-arcebispo de São Paulo, dom Serafim Fernandes de Araújo, de 88, ex-arcebispo emérito de Belo Horizonte, e dom José Freire Falcão, de 87, ex-arcebispo de Brasília.
A lista de eleitores no conclave tem cardeais de cerca de sete dezenas de países diferentes. Os cardeais italianos são os de maior número.

Papa Bento XVI anuncia renúncia ao cargo


O papa Bento 16 anunciou nesta segunda-feira (11) que vai renunciar ao seu cargo em 28 de fevereiro de 2013. Segundo o Vaticano, o papa informou sobre sua decisão em latim durante um encontro de cardeais do Vaticano nesta manhã. Ele enfatizou que o cumprimento dos deveres de um papa requer "vigor tanto da mente quanto do corpo".


AP
Papa Bento 16 anuncia sua renúncia em encontro de cardeais no Vaticano



A decisão abre caminho para a realização de um conclave que elegerá um novo papa antes da Páscoa . O anúncio de Bento 16 surpreendeu até mesmo seus colaboradores mais próximos e chocou o mundo católico - composto por mais um bilhão de fiéis pelo mundo.
"Depois de fazer um repetido exame da minha consciência diante de Deus, eu tive a certeza que minhas forças, devido à minha idade avançada, não são mais adequadas para exercer o ministério petrino", disse Bento 16 aos cardeais. "Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando."
"Entretanto, no mundo de hoje, sujeito a tantas mudanças rápidas e e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e proclamar o Evangelho, é necessário o vigor tanto da mente quanto do corpo - vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado."
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