quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Dogma da Assunção de Maria


"Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas ". (Ap 12,1)

Esta passagem do livro do Apocalipse é proclamada na Missa da Assunção de Nossa Senhora. Sgundo o ensinamento oficial da Igreja, a humilde jovem de Nazaré, escolhida e preparada desde toda a eternidade por Deus e para ser mãe de seu Filho Jesus, foi elevada em corpo e alma à glória do céu. Se hoje está "vestida de sol", não se deve a um mérito seu ou ao resultado de seus esforços mas, sim, à escolha feita por aquele que "nos abençoou com toda bênção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo" (Ef 1,3-4).

Como foi o fim de Maria?
Ignoramos como e quando se deu a morte de Maria, e mesmo se houve realmente morte. Os orientais preferem falar da dormição de Maria. Os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as epístolas não fazem referência a isso, já que procuram nos descrever os ato e as palavras de Jesus. E mesmo quando falam dele, fixam-se no que é necessário para a compreensão de sua missão e mistério. Não entram em pormenores que poderiam interessar à nossa curiosidade, mas que não são essenciais a fé. A fé nos ensina que Maria foi assunta ao céu em corpo e alma, isto é, foi glorificada de forma total e completa. Ela já é o que somos chamados a ser após a ressurreição da carne.

O que nos diz a Bíblia ?
A Bíblia silencia sobre a Assunção de Maria. A Palavra de Deus, que poucos dados nos apresenta para uma biografia mariana, não entra em pormenores sobre o final de sua existência. Há, contudo, algumas passagens que, embora não sejam referências diretas, foram interpretadas pela grande Tradição da Igreja como referentes à sua glorificação:
"Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn 3,15). O combate entre a serpente e a mulher não poderia ficar pela metade. Assim, a vida de Maria, toda voltada para Deus e para os outros, só poderia culminar na sua Assunção. Para o apóstolo Paulo, ser vitorioso significa vencer não só o pecado mas também a morte (cf. 1 Cor 15,54).
"Levantai-vos, Senhor, para vir ao vosso repouso, vós e a arca de vossa majestade" (Sl 131(132),8). A arca era o lugar da presença divina e tornou-se imagem de Maria. A primeira arca levou as duas tábuas da Lei; era o símbolo da presença de Deus e, enquanto presença de Deus, era incorruptível. Maria, na qual repousou não um símbolo, mas o próprio Deus, foi glorificada sem conhecer a corrupção.
"Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo" ( Lc 1,28). A Assunção é a expressão final dos favore divinos, dos quais Maria estava repleta.
Apocalipse 12: sobre a mulher vestida de luz, as trevas não têm mais poder. Maria participa da glória do Filho, assim como participou de sua vida, perseguição e morte.

O que o dogma da Assunção ensina ao homem de hoje?
A definição dogmática diz que Maria foi assunta ao céu. Sua Assunção mostra o valor do corpo humano, templo do Espírito Santo. Também ele é chamado à glorificação. Nosso corpo não nos é dado para ser instrumento do pecado, para a busca do prazer pelo prazer, mas para a glória de Deus.
O dogma da Assunção nos dá uma certeza: Maria já alcançou a realização final. Tornou-se, assim, um sinal para a Igreja que, olhando para ela, crê com renovada convicção nos cumprimentos das promessas de Deus. Também nós somos chamados a estar, um dia, com a Santíssima Trindade. Olhando para o que Deus já realizou em Maria, os cristãos animam-se a lutar contra o pecado e a construir um mundo justo e solidário, para participar, um dia, do Reino definitivo.
Uma mulher já participa da glória que está reservada à humanidade. Nasce, para nós, um desafio: lutar em favor das mulheres que, humilhadas, não têm podido deixar transparecer sua grande vocação. Em Maria, a dignidade da mulher é reconhecida pelo Criador. Quanto nosso mundo precisa caminhar e progredir para chegar a esse mesmo reconhecimento!
É preciso estarmos atentos a um risco: a verdade sobre a Assunção de Maria, sobre sua glorificação antecipada, pode fazer com que passemos a vê-la distante de nós, muito acima de nossa vida e de nossa realidade. Crer na Assunção é proclamar que aquela mulher que deu à luz num estábulo, entre animais, que teve seu coração traspassado, viveu no exílio, foi exaltada por Deus e, por isso mesmo, está muito mais próxima de nós. A Assunção mostra as preferências de Deus por aqueles que são pobres, pequenos e pouco considerados neste mundo.

Conclusão
A Assunção de Maria lembra-nos o objetivo de nossa vida: estra, um dia, eternamente, com Deus. Uma irmã e mãe nossa -irmã na ordem da ciração, mãe na ordem da graça -, já está com deus. Renova-se em nosso coração a esperança de recebermos, tamb´me, idêntico prêmio.

Fonte Consultada: Com Maria a Mãe de Jesus/ Murilo S.R. Krieger - São Paulo: Paulinas, 2001.

Extraído do site: http://www.santissimavirgemaria.com.br/dogma_assuncao_maria.html

Santa Clara


Santa Clara de Assis (em italiano, Santa Chiara d'Assisi) nascida como Chiara d'Offreducci em Assis (Itália), no dia 16 de Julho de 1194, e falecida em Assis, no dia 11 de Agosto de 1253, foi a fundadora do ramo feminino da ordem franciscana, a chamada Ordem de Santa Clara (ou Ordem das Clarissas).
Pertencia a uma nobre família e era dotada de grande beleza. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.
Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.
O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!". Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.
Em outra ocasião, aquando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o ostensório com a hóstia consagrada e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre Santa Clara é representada segurando o Ostensório na mão.
Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito. Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão.
Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem os Fioretti de São Francisco1 . Escritos muitos anos após a morte de ambos, é dificil atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos quando da criação das Ordens Franciscanas.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

02 de Agosto: Dia do Perdão de Assis


Para entender melhor o significado da data, é preciso remontar ao ano de 1216.

De acordo com as Fontes Franciscanas – conjunto de escritos que sintetizam os acontecimentos da vida do santo –, Francisco estava rezando na igrejinha da Porciúncula, próximo a Assis, quando o local ficou totalmente iluminado e o santo viu sobre o altar o Cristo e, à sua direita, Nossa Senhora, rodeados por uma multidão de anjos.

Perguntado sobre o que desejava para a salvação das almas, Francisco respondeu: "Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas".

O Senhor teria lhe respondido: "Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (o Papa)".

Logo após, Francisco apresentou-se ao Santo Padre Honório III, partilhou a visão que teve e o Papa concedeu sua aprovação. "Não queres nenhum documento?", teria perguntado o Pontífice. E Francisco respondeu: "Santo Pai, se é de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas".

Alguns dias após, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse: "Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!".


Indulgências

As indulgências têm o poder de apagar as consequências dos pecados (penas temporais) que já foram perdoados pelo sacramento da confissão (que perdoa a culpa). A indulgência pode ser parcial, que redime parcialmente dessa pena, ou plenária, que apaga totalmente a pena temporal dos pecados.

Para se receber a indulgência, os fiéis precisam da confissão sacramental para estar em graça de Deus (oito dias antes ou depois); participar da Missa e Comunhão Eucarística; visitar uma igreja paroquial, onde se reza o Credo e o Pai Nosso e rezar pelas intenções do Papa. A graça da indulgência pode ser pedida para si mesmo ou para um falecido.
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