terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Tempo Mistério no Presépio de Greccio



Neste mesmo ano, junto a Fonte Colombo, Francisco redige a sua 3ª Regra, que é discutida no capítulo geral de junho. A discussão continua em Roma, e em outubro Francisco se dirige ao Papa para pedir a aprovação. Finalmente no dia 29 de novembro, Honório III aprova, com bula papal, a Regra definitiva. É então tempo de celebração.
Talvez desejasse ter passado o Natal em Belém. Não conseguiu.
Mas no dia 24 de dezembro, na noite de Natal, Francisco celebra a Festa do nascimento de JESUS em Greccio. Ali Francisco constrói o primeiro presépio.
Greccio é uma comuna italiana da região do Lácio, província de Rieti, Tem hoje cerca de 1.466 habitantes. Estende-se por uma área de 17 km2, tendo uma densidade populacional de 86 hab/km2. Faz fronteira com Contigliano, Cottanello, Rieti, Stroncone.
Este local foi transformado na Nova Belém. Lugar do mais importante presépio depois de Belém. Lugar onde Francisco reviveu o natal e nos ensinou a reviver a alergia da esperança e a celebração do Cristo que veio.
O que aconteceu nesta noite de Natal?
Tomás de Celano, o mais importante Biógrafo de Francisco (Biografia de São Francisco de Assis - Tomás de Celano, nºs 84 e 86) diz que “Sua maior aspiração, seu mais vivo desejo e mais elevado propósito era observar o Evangelho em tudo o por tudo, imitando com perfeição, atenção, esforço, dedicação e fervor os “passos de Nosso Senhor Jesus Cristo, no seguimento de sua doutrina. Estava sempre meditando em suas palavras e recordava seus atos com muita inteligência. Gostava tanto de lembrar a humildade de sua encarnação e o amor de sua paixão, que nem queria pensar em outras coisas,. Precisamos recordar com todo respeito e admiração, o que fez no dia de Natal, no povoado de Gréccio, três anos antes de sua gloriosa morte. Havia nesse lugar um homem chamado João. Uns quinze dias antes do Natal, São Francisco mandou chamá-lo, como costuma fazer, e disse: “Se você quiser que celebremos o Natal em Gréccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que eu vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou como foi posto num presépio, e contemplar com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”. Ouvindo isso o homem bom e fiel correu imediatamente e preparou no lugar indicado o que o Santo tinha pedido. E veio o dia da alegria, chegou o tempo da exultação. De muitos lugares foram chamados os Irmãos. Homens e mulheres do lugar, coração em festa, prepararam como puderam tochas e archotes para iluminar a noite que tinha iluminado todos os dias e anos com sua brilhante estrela. Por fim chegou o Santo e, vendo tudo preparado, ficou satisfeito. Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro. Gréccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade. A noite ficou iluminada como o dia: era um encanto para os homens e para os animais. O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em uma alegria toda nova. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor e a noite inteira se rejubilava. O Santo estava diante do presépio a suspirar, cheio de piedade e de alegria. A Missa foi celebrada ali mesmo no presépio, e o sacerdote sentiu uma consolação jamais experimentada. O Santo vestiu dalmática, porque era diácono, e cantou com voz sonora o Santo Evangelho. De fato, era “uma voz forte, doce, clara e sonora”, convidando a todos às alegrias eternas. Depois pregou ao povo presente, dizendo coisas doces como o mel, sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém. Muitas vezes quando queria nomear Cristo Jesus, chamava-o também com muito amor de “Menino de Belém”.
Segunda as palavras de Celano, percebemos os objetivos de Francisco ao construir o primeiro presépio. Seus objetivos foram:
- Observar através do Presépio as palavras do Evangelho de Jesus;
- Lembrar a humildade da encarnação do Senhor JESUS;
- Reviver a situação pobre vivida por JESUS.
- Contemplar a palha, o boi e o burro para tentar vivenciar a pobreza e a entrega total de JESUS

- Reunir pessoas para a Celebração da fé na encarnação de Deus;
- Transformar Gréccio em uma nova Belém
- Louvar a pobreza e recomendar a humildade.
- Realizar uma Missa, um culto a Deus vivendo e sentindo a alegria do momento do nascimento de Cristo.
- Pregar o Evangelho e falar do grande amor de Deus.
Foram colocadas as palhas e os animais. A manjedoura ficou vazia por momentos. Mas ali Francisco pode contemplar JESUS. O Tempo Cronos deixou lugar para o tempo kairós. Entrou o tempo litúrgico, também chamado de tempo mistério. No tempo mistério não existe nem o hoje, nem o amanhã e nem o ontem. Reina o Mistério. Podemos vivenciar o que ocorreu um dia. Atualizamos os passos de Jesus. Como Isaías que vivenciou o que o messias iria passar no seu sofrimento de cruz, contando como se já estivesse acontecido.
Francisco usou o presépio para reviver, mergulhar no mistério do Natal. Não mergulhou só. Celebrou com o povo. Parecia estar com o menino no colo. Voltou a Belém e se fortaleceu em Deus para enfrentar seus últimos três anos de vida.
A fé se transformou em festa. A pobreza do menino de Belém foi o grande tesouro encontrado por Francisco.
Assim também devemos celebrar o Natal com o espírito franciscano. Vendo no Cristo de Belém o amor do Pai que se aproxima, até mesmo numa manjedoura.
Não há limites para o Deus apaixonado pelo ser humano. Está foi à grande alegria da celebração de Francisco. Esta deve ser também nossa alegria. Feliz mês do Natal.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Um ideal a ser seguido


São Francisco, Pai dos Pobres
"Venha a mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e lhes darei descanso" (Mt 11,28)
"Por suas chagas veio a cura para nós (Is 5,5)
São Francisco das Chagas sempre foi solidário com os pobres e sofredores; quando abraçou e beijou o leproso percebeu que estava recebendo o abraço de Jesus. Antes de morrer foi agraciado com as chagas de Jesus. Por isso o chamamos de São Francisco das Chagas. Em Canindé ela continua abençoando todos os chagados, sobretudo os pobres excluídos, que o apelidaram carinhosamente de: "Nosso melhor medido!"
São Francisco, o Santo da Paz
São Francisco nada mais queria do que viver o Evangelho. A sua opção radical não o levou ao fanatismo, mas sim lhe deu um espírito de tolerância. Em plena guerra entre os cristãos e mulçumanos, São Francisco estabelece um diálogo com o Sultão Melek-El-Kamel, primo do famoso Saladim, conquistador de Jerusalém. São Francisco nos ensina que a verdadeira religião é servir ao Deus da vida e reconciliar as pessoas de boa vontade, independente de seu credo, de sua crença ou de sua condição social. A paz sempre é o fruto da justiça!
São Francisco, Patrono da Ecologia
No ano de 1979, o Papa João Paulo II proclamou São Francisco o patrono da Ecologia. São Francisco nos ensina que podemos louvar a Deus criador cuidando bem de todas as criaturas. Deus criador nos colocou juntos no mesmo mundo, na mesma terra, e por isso somente seremos felizes vivendo em harmonia com todas as outras criaturas. São Francisco sonhou com o ideal do profeta Isaías: "E o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao lado do cabrito, o bezerro e o leãozinho pastarão juntos, e um menino os guiará". (Is 11,6)

O Advento com S. Francisco


“Deus, disse São Francisco, é Trindade e Unidade, Pai e Filho e Espírito Santo, criador de todas as coisas e salvador de todos os que nele creem, esperam e o amam... sem início e sem fim, imutável, invisível, inenarrável, inefável, incompreensível, insondável...”.
Deus é mistério...! Este mistério é revelado a nós pelo Verbo que se fez carne: o Pai enviou-nos o Filho e o Espírito Santo. O Verbo, encarnado no seio da Virgem Mãe é Jesus, o Senhor.
No Ano litúrgico, a Igreja (nascida do lado aberto de Jesus e, por isso, sua esposa) apresenta a vida de Jesus nos seus mistérios. Jesus que nasce; Jesus que anuncia o Reino; Jesus que assume todos os males e a morte no seu sacrifício, revelação suprema de Deus – Amor; Jesus que ressuscita e que se manifestará na sua glória, dando glória ao Pai.
Deus, diz São Francisco, “é Salvador de todos os que nele creem, esperam e o amam...” É Salvador: Ele nos envia o seu Filho para que nós, criaturas humanas, possamos conhecê-lo e receber a força do Espírito Santo para agir segundo seu exemplo e sermos reconhecidos por Ele como filhos.
O Ano litúrgico é, portanto, a vida de Jesus oferecida à nossa reflexão e oração para que possamos assimilá-la, torná-la nossa até Cristo viver em nós.

O Ano litúrgico começa pelo Advento: “ad- venio”: é Deus que vem ao nosso encontro... O Advento é preparação ao Natal... Depois de ter evidenciado estas verdades, será que podemos viver o Advento pensando somente em preparar o presépio, as luzes, músicas e presentes, ou antes, empenharmo-nos no conhecimento maior deste mistério, na vivência das virtudes cristãs, numa vida mais coerente com a nossa Fé?
A Vida de Francisco de Assis foi todo desejo ardente de identificar-se ao Cristo.
Um século antes São Bernardo de Claraval tinha comentado que Jesus veio uma primeira vez na fraqueza da carne e virá certamente uma terceira vez em todo esplendor de sua glória, mas há uma vinda intermediária na qual manifesta o poder da sua graça e dá aos que nele creem repouso e consolação. Ela é oculta, é uma vinda espiritual e a recebe quem teme a Deus e faz o bem (Eclo 15,1), quem O ama e guarda a sua Palavra (cf. Jo 14,23), quem a conserva no coração para não pecar (Sl 118,11).
Graças a “essa vinda” diz São Bernardo, “refletiremos a imagem do homem celeste” (1Cor. 15,49).
Precisamos então desejar sua vinda, sua presença, vigiando. Quem vigia recusa a superficialidade e vai ao profundo dos fatos para descobrir a vinda do Senhor e, se tiver espírito missionário, descobri-la também nos encontros com os outros. Somente o Senhor Jesus pode dar a paz e reunir os homens que o egoísmo divide, começando pelas famílias, fundamento tão necessário para uma sociedade sadia.
O tempo da “vinda intermediária” é o tempo da vigilância, da conversão, “um tempo humano já carregado do tempo de Deus”.
Tempo para adquirir um coração de pobre, vazio de si, capaz de usar caridade afável e paciente para com os outros, aberto a todas as iniciativas do bem, testemunhando a alegria que nos trás Jesus Salvador.

Ir. Maria Bernarda de Cristo Rei, Cl. Capuchinha

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A vida de um santo


A missão é uma graça,
quando, de fato, se é realizada,
porque o povo nos passa,
a vocação que nos abraça,

Recordo um grande santo,
que me ensina que mesmo com os desencantos,
o evangelho pode ser vivido,
e sendo assim transmitido.

Santo este que se chama São Francisco,
que com sua experiência de Deus, nos deu o Cristo,
através dos ensinamentos do santo evangelho,
que nos torna outros Cristos sinceros.

Olhando o teu exemplo, ó santo querido,
quero vivenciar a pobreza, castidade e obediência, junto contigo,
e nesta vivência de uma grande espiritualidade,
ajudando e amando os cristãos com profundidade.

Quero relembrar um grande ato de amor,
foi no momento de tua vida, que encontraste aquele leproso com muita dor,
e com um beijo aliviastes aquela dor
vendo, no leproso, o Cristo nosso Senhor.

Obrigado São Francisco por me ensinar,
Que a verdadeira riqueza está no céu que eu devo buscar,
E assim vou poder realizar
Os planos de Deus na minha vida, que é me consagrar.

POEMA DE JOSÉ TIAGO

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

25 anos do Espírito de Assis


No dia 27 de outubro celebra-se em todo o mundo o Espírito de Assis que neste completa 25 anos. Neste momento significativo recordaremos a atitude de dialogo fundamental do Papa João Paulo II, quando nesse dia, do ano 1986, convidou líderes de diferentes religiões e credos para rezarem juntos na Igrejinha da Porciúncula em Assis, a favor da Paz!

Assim, todos nós podemos juntos nos reunirmos na celebração do dialogo inter-religioso, nas diferentes fraternidades e diversos meios se faça celebrar a paz e a vida entre os povos e as religiões.

Que essa atitude de dialogo fraterno pela paz nos envolva de forma pessoal e comunitária e que em nossos grupos, pastorais, comunidades onde celebramos, paroquias ou movimentos onde atuamos façamos uma “memoria celebrativa” e “jubilar”.

O Diálogo em favor da paz é algo de que a sociedade “geme em dores de parto”. Nós franciscanos a exemplo do nosso Pai Seráfico somos convidados a sermos os pioneiros na promoção da Paz e do Bem a todos os homens, culturas e povos.

Fique sabendo... O Espírito de Assis

Em 27 de outubro de 1986, João Paulo II realizou um grande sonho: ele convidou os representantes das religiões do mundo a Assis para que uma única canção de paz, provenientes de muitos corações e em muitas línguas, pudesse ser enviada ao Deus único. Este convite foi aceito por 70 representações das principais religiões. Eles ofereceram a esperança de um mundo diferente: renovado, profundamente fraterno e verdadeiramente humano. O evento em si trouxe uma importante mensagem: que o desejo de paz é compartilhado por todas as pessoas de boa vontade, mas tendo em conta a situação do mundo e as relações entre os povos, a paz verdadeira só pode ser alcançada através de uma intervenção divina.

A reunião foi de orações. A oração foi desenvolvida no contexto espiritual de cada uma das religiões ali presentes. Os participantes foram convidados a tocar sua interioridade na liberdade, levando a oração de toda a humanidade a Deus. Eles reconheceram que os seres humanos por si só não são capazes de alcançar a paz que almejam.

Parece que o clima de fraternidade universal que paira sobre a cidade de São Francisco tocou os corações das pessoas, provenientes das mais diversas origens. Esta experiência foi niomeada como o Espirito de Assis, e em 1987 na mensagem do Dia Mundial da Paz também foi chamado de “A Lógica de Assis”. Durante a primeira reunião, na frente da capela da Porciúncula, João Paulo II disse que escolheu “a cidade de Assis como local para este dia de oração, devido ao significado especial do santo venerado aqui, São Francisco, que é conhecido por muitos em todo o planeta como um spimbolo da paz, reconciliação e fraternidade. ”Desta maneira, o Papa decidiu promover esta iniciativa em nome de São Francisco, o homem que derruba barreiras, e que é irmão de todos.

Recorte do artigo retirado de: www.franciscanosne.com

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

ENCONTRO FRANCISCANO DA JUVENTUDE


Caros jovens, paz e bem!

Ao celebrarmos o 25º aniversário do Encontro Inter-religioso dado em 1986 na cidade de Assis, a nossa Ordem Seráfica propõe para este ano de 2011 a celebração da memória do “Espírito de Assis”. Neste mesmo ano todos os frades são convocados a reavivar o Dom do Evangelho. “Guardemos as palavras, a vida, a doutrina e o Santo Evangelho daquele que se dignou rogar por nós ao Pai e manifestar o seu Nome” (Rnb 22,41). Ora, guardar as palavras de nosso Senhor nos remete a viver a mesma lógica do amor que orientou João Paulo II quando se reuniu em Assis com vários líderes religiosos, desejoso de rezar junto com estes irmãos pela justiça e a paz mundial.
Não sendo viável reunir líderes religiosos neste momento de nossa caminhada, ao menos podemos propor aos jovens uma reflexão acerca deste “Espírito de Assis”. Um encontro marcado pelo despertar para uma cultura de paz, longe de ser sincretismo, mas com o intuito de promover na alteridade a fraternidade universal. É claro que esta promoção inspira-se no diálogo Inter-religioso que é o escopo desta memorável Celebração. Ademais, o diálogo nos seus diversos desdobramentos é sumamente necessário, na família, na escola, na roda de amigos, na igreja e nos demais espaços do convívio social.
Por fim, qual o caminho a ser proposto aos jovens? O caminho está num dos pilares do nosso carisma: a cortesia. Pensamos que este deva ser o fio condutor da reflexão do Encontro; a cortesia enquanto uma forma de diálogo, com o intuito de alcançarmos a fraternidade universal. A cortesia é um tema pouco explorado nas fontes franciscanas; acreditamos que Francisco participou da cortesia Divina e por isso mesmo lhe foi concedida a graça de dialogar com o sultão: “e onde que os irmãos estiverem e se encontrarem, tratem uns aos outros como membros de uma só família” (Rb 6,7).
Celebrando os 25 anos do Espírito de Assis, viemos por meio desta convidar a vocês, jovens oriundos das comunidades e das áreas pastorais nas quais os nossos frades estão inseridos, para um dia de encontro. Queremos nesse dia proporcionar-lhes um espaço de reflexão, animação e partilha de vida para a juventude. O tema proposto para a ocasião é “Juventude em Missão: Por uma cultura de Paz”, e o Encontro será realizado no dia 30 de outubro, no Salão da Paróquia São Sebastião (Bairro Santo Amaro - Recife).

segunda-feira, 3 de outubro de 2011









Dia 04 de outubro, Festa de S. Francisco de Assis

Francisco nasceu na cidade de Assis, Itália, no ano de 1182 e morreu no dia 3 de outubro de 1226.
Este homem que viveu somente 44 anos marcou definitivamente a história e continua, ainda hoje, lembrado por todos como alguém que soube amar profundamente o ser humano e toda a criação como “irmãos “.compreendeu o amor proposto por jesus cristo. confiou nos anseios de seu coração e fez desse amor um ideal de vida.
Viveu com os pobres, encarnou a palavra e compreendeu o significado da partilha na construção da igreja universal com toda a criação. a chama ardente do amor de Deus acesa em Francisco acendeu a reluzente faísca da vocação em outras pessoas.
Clara de Assis, seduzida e comprometida pela proposta de Francisco, foi riqueza, tesouro e ao mesmo tempo uma base sólida para a afirmação dos ideais de cristo. esses dois jovens tocados por cristo, movidos pela ação do espirito santo, iniciaram um movimento de irmãos e irmãs que se consagram a Deus vivendo o evangelho em fraternidade, cultivando u espírito de oração e devoção, de testemunho e penitência ,minoridade, caridade para com os homens, pregando a reconciliação ,a justiça e a paz no mundo inteiro.
Nossas bases são construídas por aqueles que sentem-se atraídos em servi cristo nos pobres. Guiados pela mesmo força que conduziu Francisco e clara, passamos gerações na entrega total pela construção da vida em plenitude. hoje buscamos em comunhão com a comunidade cultivar os sentimentos que alimentaram as transformações que devem o correr em nosso meio. Estas transformações tornam o sonho de Deus para a humanidade e faz de nós uma grande família na vivência .
A continuidade desse nosso trabalho acontece pela grandeza do amor, com revelação do cristo, que está dentro de cada um de nós. Somos família identificada com Francisco e clara, determinada a espalhar a paz e o bem, com o objetivo de fecundar semente de amos aos pobres. Está é uma história que não tem fim. Ela permanece para sempre na esperanço de cada cristão , porque para sempre são as palavras, o amos as promessas de cristo. A exemplo , nós os franciscanos, buscam os ser esperança de maior presença do evangelho no meio do povo. Lutamos pela construção da fraternidade que segundo são Francisco significa caminhar juntos, como humanidade nova, renovada com as virtudes segundo o caminho da perfeição.

Todos somos chamados, a exemplo São Francisco para construção do reino de Deus















SEGUNDA TRILHA VOCACIONAl

No dia 28 de agosto aconteceu a segunda Trilha Vocacional, organizada pelas Irmãs Franciscana de Maristela, na cidade de Triunfo- PE , está contou com a presença de Frei Adriano e Frei Alleanderson, animadores vocacionais desta cidade, participaram jovens da JUFRA e vocacionados e vocacionadas daquela cidade, foi um momento de celebração encerrando o mês vocacional, nesta trilha podemos junto com os jovens partilhar um pouco da caminhada vocacional de cada um, vendo que estes como outros jovens caminham num processo de discernimento a aprofundamento da vocação.

domingo, 25 de setembro de 2011

Encontro Vocacional de Setembro


Nos dias 16, 17 e 18 do Mês de setembro, aconteceu o encontro vocacional do referido mês, cujo tema foi a História da Ordem dos Frades Menores.
Ainda na sexta-feira podemos assistir o filme "Francesco", que nos mostrou a vida de São Francisco, para que entendêssemos melhor todas reflexões que viriam posteriormente. No sábado pela manhã,
tivemos a oportunidade de escultar toda a experiência de Fr. Marcos, Professor da UNICAP, que nos falou sobre a origem da Ordem dos Frades Menores, apresentando-nos Pinturas de artistas renomados, como Giotto, pintaram a vida de São Francisco e a sua repercussão no mundo. Durante o sábado à tarde, tivemos a participação do Fr. Juscelino, a partir de agora integrará o frades responsáveis pela promoção vocacional. Fr. Juscelino nos fez conhecer um pouco da espiritualidade da Ordem, e em seguida fomos participar da Festa das Chagas de São Francisco, junto com a Venerável Ordem Terceira de São Francisco, onde participamos da Procissão pelos arredores do convento e terminando com a Missa na Igreja da Ordem Terceira. No domingo, terminamos o encontro assistindo um documentário sobre a Festa de São Francisco da Chagas e a fé dos romeiros que vem de todos os lugares do sertão.

domingo, 18 de setembro de 2011

17 de setembro, Festa das Chagas de S. Francisco







Frei Régis G. Ribeiro Daher





Mais do que desvendar o caráter histórico das Chagas de São Francisco, importa refletir sobre a experiência de vida que se esconde sobre este fato. O que significa a expressão de Celano "levava a cruz enraizada em seu coração"? O que isso significou para o próprio Francisco? Há um significado para nós hoje, naquilo que com ele ocorreu?
Um erro comum é o de ver São Francisco como uma figura acabada, pronta, sem olhar para a caminhada que ele fez até chegar à semelhança perfeita (configuração) com o Cristo. O que ocorreu no Monte Alverne é o cume de toda uma vida, de uma busca incessante de Francisco em "seguir as pegadas de Jesus Cristo". Francisco lançou-se numa aventura, sem tréguas, na qual deu tudo de si: a vontade, a inteligência e o amor. As chagas significam que Deus é Senhor de sua vida. Deus encontrou nele a plena abertura e a máxima liberdade para sua presença.
O segundo significado das chagas é o de que Deus não é alienação para o ser humano, ao contrário, é sua plena realização e salvação. Colocando-se como centro da própria vida é que o homem se aliena e se destrói; torna-se absurdo para si mesmo no fechamento do seu 'ego'. O homem só encontra sua verdadeira identidade, sua própria consistência e o sentido de sua existência em Deus. E Francisco fez esta descoberta: Jesus Cristo foi crucificado em razão de seu amor pela humanidade - "amou-os até o fim" - , e ele percorre este mesmo caminho.
O terceiro significado: as chagas expressam que a vivência concreta do amor deixa marcas. A exemplo de Cristo, Francisco quis suportar/carregar e amar os irmãos para além do bem e do mal (amor incondicional). Essa atitude o levou a respeitar e acolher o 'negativo' dos outros mantendo a fraternidade apesar das divisões. Esse acolher e integrar o negativo da vida é a única forma de vencer o 'diabólico', rompendo com o farisaísmo e a autosuficiência, aniquilando o mal na própria carne. Só assim, o homem é de fato livre, porque não apenas suporta, mas ama e abraça o negativo que está em si e nos outros.
O quarto significado: seguir o Cristo implica em morrer um pouco a cada dia: "Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz a cada dia e me siga" (Lc 9,23). Não vivemos num mundo que queremos, mas naquele que nos é imposto. Não fazemos tudo o que desejamos, mas aquilo que é possível e permitido. Somos chamados a viver alegremente mesmo com aquilo que nos incomoda, vencendo-se a si mesmo e integrando o 'negativo', de modo que ele seja superado. Nós seremos nós mesmos na mesma medida em que formos capazes de assumir nossa cruz. As chagas de São Francisco são as chagas de Cristo, e elas nos desafiam: ninguém pode conservar-se neutro, sem resposta diante da vida.
São Francisco não contentou-se em unicamente seguir o Cristo. No seu encantamento com a pessoa do Filho de Deus, assemelhou-se e configurou-se com Ele. Este seu modo de viver está expresso na "perfeita alegria", tema central da espiritualidade franciscana: "Acima de todos os dons e graças do Espírito Santo, está o de vencer-se a si mesmo, porque dos todos outros dons não podemos nos gloriar, mas na cruz da tribulação de cada sofrimento nós podemos nos gloriar porque isso é nosso".

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Encontro Vocacional de Agosto

Nos dias 12, 13 e 14 do mês de Agosto, aconteceu o encontro vocacional do referido mês, cujo tema foi a Proposta Ecológica Franciscana, o encontro aconteceu na fraternidade de Rio Doce – Olinda. No Sábado pela manhã, o Fr. Sinésio ministrou o encontro, mostrando para os aspirantes que a proposta evangélica de São Francisco de Assis, não é somente ajudar os que necessitam, mas é cuidar da natureza, que como Fr. Sinésio nos lembrou, toda a natureza é nossa irmã, como São Francisco chamava, Irmã água, irmão lobo, todos foram criados a partir do mesmo criador, por isso nossos irmãos. À Tarde demos continuidade ao nosso encontro onde refletimos um pouco mais sobre o tema, e logo em seguida participamos da Missa, junto com a comunidade. À Noite, tivemos a alegria de receber o Ministro Provincial Fr. Marconi, que participou conosco do Jantar e aproveitou para nos falar sobre sua experiência de aspirante e que mesmo hoje com muitos anos na Ordem ainda se sente um aspirante.

Contamos com a participação neste encontro de novos aspirantes, são eles: Eduardo, Tiago e Lúcio, peçamos a Deus que os iluminem nesta caminhada.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

800 anos da Fundação da Ordem de Santa Clara – Um acontecimento a ser vivido!

Em 2012, as Irmãs Clarissas de todo o mundo estarão comemorando 800 anos de Fundação da Ordem de Santa Clara. Celebraremos o fato ocorrido com Clara, a jovem da nobreza italiana do século XII, que inflamada pelo amor de Cristo, inicia uma aventura evangélica semelhante a que Francisco iniciou ao receber a graça de fazer penitência e de seguir a Cristo de modo apaixonante.

Em 1212, a jovem Clara de Assis seguiu o atraente exemplo de Francisco e viveu, dentro da clausura e na contemplação, o ideal de pobreza evangélica. Surgiu, assim, a Ordem das Clarissas, ou a Segunda Ordem Franciscana.

Santa Clara nasceu em Assis, Itália, por volta de 1194, numa família rica e nobre. Seus pais chamavam-se Favarone e Hortolana, sendo Clara a filha primogênita. Com Inês e Beatriz, suas irmãs menores, que mais tarde também entrariam no Mosteiro de São Damião, Clara esforçava-se no amor a Jesus e sentia em seu coração o chamado para segui-lo.

Clara sonhava com uma vida mais cheia de sentido, que lhe trouxesse uma verdadeira felicidade e realização. O estilo de vida dos frades a atraía cada vez mais.

Depois de muitas conversas com Francisco, aos 18 de março de 1212, (Domingo de Ramos), saiu de casa sorrateiramente em plena noite, acompanhada apenas de sua prima Pacífica e de outra fiel amiga, e foi procurar Francisco na Igrejinha de Santa Maria dos Anjos, onde ele e seus companheiros já a aguardavam.

Frente ao altar, Francisco cortou-lhe os longos e dourados cabelos, cobrindo-lhe a cabeça com um véu, sinal de que a donzela Clara fizera a sua consagração como Esposa de Cristo. Nem a ira dos seus parentes, nem as lágrimas de seus pais conseguiram fazê-la retroceder em seu propósito. Poucos dias depois, sua irmã, Inês, veio lhe fazer companhia, imbuída do mesmo ideal. Alguns anos após, sua mãe, Hortolana, juntamente com sua terceira filha Beatriz, seguiu Clara, indo morar com ela no conventinho de São Damião, que foi a primeira moradia das seguidoras de São Francisco.

Com o correr dos anos, rainhas e princesas, juntamente com humildes camponesas, ingressaram naquele convento para viver, à luz do Evangelho, a fascinante aventura das Damas Pobres, seguidoras de São Francisco, muitas das quais se tornaram grandes exemplos de santidade para toda a Igreja.

As Irmãs Clarissas vivem um estilo de vida contemplativa, sendo enclausuradas. Quer dizer que não têm, normalmente, uma atividade pública no meio do povo, dedicando-se mais à oração, à meditação e aos trabalhos internos dos mosteiros.

As comemorações do 8º Centenário serão realizadas em todo o país. No entanto, em 2012, a comunidade franciscana já está se preparando para o encerramento das comemorações que serão realizadas de 9 a 11 de agosto, durante o Congresso Clariano, em Canindé. A cidade nordestina que abriga o maior Santuário latinoamericano dedicado a São Francisco de Assis receberá religiosos de diversas partes do Brasil. Todos irão refletir e debater sobre espiritualidade franciscana.

Em 1212, a jovem Clara de Assis seguiu o atraente exemplo de Francisco e viveu, dentro da clausura e na contemplação, o ideal de pobreza evangélica. Surgiu, assim, a Ordem das Clarissas, ou a Segunda Ordem Franciscana.

Fontes: franciscanos.org.br

Santuário de canindé

terça-feira, 5 de julho de 2011

VOCAÇÃO NA FAMÍLIA.


Como tema do encontro do mês de junho,"vocação na família", iniciamos o nosso encontro no sábado pela manhã com uma oração na capela interna da fraternidade de Olinda e logo após fomos para a sala de reuniões. Frei Janael ficou responsável de coordenar o encontro na parte da manha, este, debateu a origem da palavra família, finalizando esta primeira parte do encontro com uma dinâmica na qual trazia como mensagem a importância do bom relacionamento familiar com outras instituições (Escola e Igreja). Na parte da tarde, frei Diego continuou com o debate trazendo como subtema a contribuição da família para a formação humana e cristã. Neste segundo momento lemos alguns textos e refletimos alguns instantes a sós para depois partilharmos.

Ainda no Sábado, tivemos o nosso recreio. Neste momento de descontração, comemoramos o aniversário do nosso irmão Jonathan, também tivemos a participação do Frei Guto, guardião do convento do Recife.

No segundo dia de encontro participamos da missa dominical às 8h e logo após tivemos um momento de formação com frei Joãozinho, o qual nos mostrou os azulejos portugueses no Claustro e suas respectivas representações históricas da vida de São Francisco. Na parte da manha fizemos um fechamento do tema ligando a família e as nossas escolhas, especificamente a vida religiosa. Por fim, finalizamos o nosso encontro com um momento de oração reflexão na capela. Agradecemos a fraternidade de Olinda pelo acolhimento e disponibilidade.

A todos Paz e bem!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Momentos de Fraternidade Franciscana!!!



Com muita felicidade escrevo essas palavras. Por estarmos num processo... Graças a Deus é alegria e aprendizado. A “qualidade” dos encontros tem nos ajudado muito. Minhas considerações são sobre os encontros dos meses de abril e maio. Gostaria de colocar a contribuição para mim, ou seja, o que aprendi.

O tema do mês de abril foi “A vida religiosa como modo de ser cristão”. De imediato deduzimos – pelo menos eu imagino - que há alguma contribuição do religioso para algo. E como é essa “contribuição”? O cristão contribui para o mundo sem perceber. Ele transforma a realidade ao seu redor por que a força do Ressuscitado torna-se a sua essência. E com o religioso não é diferente. Há uma contribuição imensa para a Igreja e para o mundo. Um exemplo simples: só a paz que é transmitida nos leva a questionarmos de onde ela vem. E isso inquieta o coração longe de Deus. Tirei muitas dúvidas sobre a vida consagrada que trazia comigo desde o encontro anterior.

Sobre o encontro de maio. O sábado contou com a honrosa contribuição do Frei Augusto. A clareza que tratou sobre os temas: Afetividade, Sexualidade e Consagração. A importância da maturidade. Poderia escrever mais sobre esses assuntos, mas iria ficar cansativo. O ideal seria passar que não é possível ser religioso por parte. A sexualidade como a afetividade, as emoções, a personalidade são características humanas e indissociáveis. Jesus Cristo não foi humano e divino por parte, meio a meio. Ele foi (é) um como um todo. O humano teve que conter o divino de algum modo – só o Amor de Deus explica isso. Apenas para ilustrar...

Na minha opinião todas as pessoas deveriam fazer um encontro vocacional. A imagem que se tem, ou pelo menos a que eu tinha, era que se você fizesse já era para entrar numa ordem ou congregação de imediato. Mas não é isso. O aprendizado vale para qualquer estado de vida. É algo simples, porém de extrema importância. Mesmo se você não optar por uma vida consagrada colherá os frutos para sua vida.

O domingo foi de muita alegria e festa. A Romaria Jovem superou as minhas expectativas. A Juventude reunida levando o Amor de Deus em ações. A experiência de ser um sinal do Pai para dois hospitais foi marcante. O dia inteiro foi gratificante e precioso. Gostaria também de colocar que tivemos a alegria de conversar com vários religiosos e religiosas.

Para finalizar, peço que rezemos juntos pela paz. Peço também que quem ler estas palavras, com uma simples intenção, nos confie aos cuidados de Deus. Aos vocacionados e Frades: perdoem a minha demora para mandar essas colocações! Não são muita coisa...

Deixo o trecho de uma música para embelezar esse texto:

E pensar que eu não sabia, e pensar que eu fugia deste amor imenso, tão intenso como o sol que me ilumina e guia”. (Letra Leonardo Biondo, CD `De malas prontas`, Missionário Shalom)

Felipe Bezerra, aspirante franciscano.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Vocacionados do ano de 2011! Sejam Bem Vindos, Irmãos!

No dia 25, 26 e 27 foi realizado o primeiro encontro vocacional de 2011 no Convento Franciscano Nossa Senhora das Neves, situado em Olinda/PE. Sendo assim, contou-se com a participação de quartos jovens (Felipe Bezerra, Victor Maurício, Elivânio Silva e Wilson Manuel) que iniciaram a etapa de discernimento, e três jovens (César, Stênio e Jonathan) que continuam sua caminhada no mesmo processo, totalizando 7 jovens. Sejam todos bem vindos nesta linda etapa.

    Elivânio Silva/Caetés-PE

     Wilson Manuel/ Jaboatão-PE

  Stênio Ricardo/ Jaboatão-PE

    Felipe Bezerra/ Paulista-PE

 Victor Maurício/ Recife-PE

 
César/ Recife-PE

 
Jonathan/ Recife-PE

Que Deus os ilimine nesta etapa tão importante para  que se viva em fraternidade com muita paz e bem! Perseverança, irmãos!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ecologia, e eu com isso? “Fraternidade e a vida no planeta”!



Você toma água. As plantas e os animais também precisam dela. Você respira o ar, indispensável para sua sobrevivência. Você e toda a natureza também recebem os raios do sol que revigoram e fazem crescer com vitalidade todos os seres vivos. Você se alimenta de carne, frutas, leguminosas, entre outros. Você, eu, todos nós nos preocupamos com a saúde. Queremos alcançar os 80, 90 e até 100 anos, quem sabe! Também queremos ver nossas crianças fortes e saudáveis e consideramos isso o mais importante. Estou correto em todas as indagações? Se sim, então com certeza temos algo a ver com a ecologia!
O termo agenda ecológica, discutido por políticos, governos, líderes ambientais e especialistas não é mera pauta figurativa nas mesas de debates. Os homens já constataram a enfermidade da vida no planeta. Mas isso não basta! O debate é preciso entrar na agenda diária de cada um dos cidadãos do mundo.
Desmatamentos. Queimadas. Poluição das águas, do ar e do som. Enchentes e secas. Ondas de frio e de calor. Realidades tão próximas de nós quanto as enfermidades que nos assolam e tiram vidas. Assim é na natureza! Assim é a vida do homem!
A campanha da fraternidade cujo tema “Fraternidade e Vida no Planeta” e lema “Acriação geme em dores de parto” (Rm 8,22), está mais próxima de nós do que imaginamos.
Ela está dentro de nossa casa. No banho demorado que tomamos, na torneira aberta que deixamos enquanto escovamos os dentes; e no carro que lavamos com mangueira e água jorrando para o desperdício, enquanto há seca e escassez de água em muitos lugares.
Está no lixo que não separamos para ser reciclado e reutilizado. Também está naquele que é jogado nas ruas e calçadas, entupindo os bueiros e provocando inundações nas cidades.
Está nos rios e praias repletos de detritos, óleos e alimentos que poderiam ser transformados em sabão. Esses são apenas exemplos simples que, com uma mudança de hábitos, podem contribuir para a preservação do meio ambiente.
Quando não respeitamos a lógica que rege a natureza, impedimos que ela exerça sua função de nos sustentar até o ponto de ameaçar nossa própria sobrevivência e provocar dor sem medida.
O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, afirma que esta campanha da Fraternidade está em sintonia com uma cultura que se expande cada vez mais em todo o mundo: de “respeito pelo meio ambiente e respeito pelo lugar em que Deus nos coloca, não só para vivermos e convivermos, mas também para fazer deste o paraíso com o qual tanto sonhamos”.
Essa tamanha preocupação com a natureza deve estar no mesmo patamar da preocupação que carregamos com nossos filhos. Recordo um importante poeta e traumaturgo turco viveu na primeira metade do século passado, de 1901 a 1963, chamado Nazim Hikmet Ran. Ao deixar uma carta para seu filho, ele recomenda: “Não viva nesta terra como um estranho ou como um turista na natureza. Viva neste mundo como na casa de seu pai: creia no trigo, na terra, no mar, mas antes de tudo creia no ser humano.
Ame as nuvens, os carros, os livros, mas antes de tudo ame o ser humano. Sinta a tristeza do ramo que seca na planta, do animal ferido que agoniza, mas antes de tudo sinta a tristeza e a dor do ser humano.
Que lhe dêem alegria todos os bens da terra: a sombra e a luz lhe dêem alegria, as quatro estações lhe dêem alegria, mas, sobretudo, as mãos cheias, lhe dê alegria o ser humano”.

Continua...

Ronaldo da Silva, membro da Comunidade Canção Nova
Artigo publicado na Revista Canção Nova, Março 2011

Ecologia, e eu com isso? “Fraternidade e a vida no planeta” ( continuação)


Em artigo recente publicado no site da CNBB, o arcebispo de Maringá (PR), Dom Anuar Battisti, relata: “Como criaturas humanas, nosso primeiro chamado foi à vida. Feitos a imagem e semelhança do criador, somos a obra mais bela da natureza e fomos colocados no mundo para uma missão: ‘Crescei-vos e multiplicai-vos e aperfeiçoai a terra’” (Gn 1,28).
 A tarefa de todos os homens é esta: aperfeiçoar a terra! E a melhor forma de fazer isso, combatendo a degradação atual, está contida em três verbos: conscientizar, preservar e proteger. Eis o objetivo da Campanha da Fraternidade 2011.
Nesse processo de educação ambiental, seja nas médias e grandes cidades ou no interior, a escola, os meios de comunicação e principalmente a família são os grandes responsáveis pelo seu êxito. A educação do individuo refletirá na sociedade, pois o repasse de informações gera um sistema dinâmico e abrangente de todos.
O capitalismo e suas disparidades e ganâncias sociais tem transformado a natureza em mera fonte de recursos, tornando descartável aquilo que  é extremamente valoroso, objeto cobiçado de consumo. Atualmente, a população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos, perdendo a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. A conscientização ambiental se constituirá assim em uma forma abrangente de educação, principalmente por meio de um processo pedagógico participativo e permanente que procure promover no educando uma consciência critica sobre a problemática ambiental.
Com essas iniciativas, o que hoje é comum, como a contaminação das águas, a  poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo a destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente, passará a ser respeitado e compreendido.
Deus nos dê a coragem para enfrentarmos a realidade particular e coletiva, comunitária e universal dessa temática. Que traga para todos nós a sensibilidade, a compreensão e a responsabilidade para encontrarmos um modelo de convivência harmônica e partilhada entre nós e a natureza (nosso lar)! A primeira mudança deve ocorrer em nossa consciência.
Bem-vinda, campanha da Fraternidade ecológica!

Ronaldo da Silva, membro da Comunidade Canção Nova
Artigo publicado na Revista Canção Nova, Março 2011

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