domingo, 19 de setembro de 2010

Encontro Vocacional de Setembro.



Mais um encontro vocacional é realizado com muita vontade de querer seguir os passos de Francisco em busca do Pai Celestial. Sendo assim, este encontro aconteceu no Convento Franciscano de Olinda – Nossa Senhora das Neves, pela segunda vez, nos dias 17, 18 e 19 de setembro com muito entusiasmo e perseverança dos jovens que almejam o ideal de vida franciscana. Estavam presentes os aspirantes: César, Jonathan, e o mais novo vocacionado, Rayckson, que se integra ao grupo dos aspirantes do ano de 2010. Tivemos também a presença dos promotores vocacionais, Frei Diego, Frei Adriano e Frei Janael sempre proporcionando momentos de amadurecimento da vocação aos jovens.

Fomos recebidos pelo guardião do convento, Frei João Sannig e Frei Gilton com muita felicidade, alegria e fraternidade. No dia seguinte, 18, foi iniciado o primeiro dia de encontro com o tema: “a vida de Francisco e a sua vontade evangélica” encerrando o mesmo com o Ofício Divino das Comunidades. No domingo, dia 19, último dia de encontro, os jovens participaram da celebração da manhã com a comunidade para mais um encontro com o Pai. O dia de convívio foi encerrando com muita felicidade e fraternidade com o almoço entre os jovens e os frades.

Que a exemplo de Francisco consigamos ser perseverantes na busca do amor maior: Deus!


Veja mais fotos deste encontro na "galeria de fotos" na coluna esquerda de nosso blog!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

As Chagas de São Francisco de Assis.


No dia 17 de setembro celebra-se a festa da impressão das chagas de São Francisco de Assis. Os estigmas que Francisco recebeu em 1224, no Monte Alverne, após uma visão do Cristo crucificado em forma de Serafim alado, são sinais visíveis de sua semelhança à humanidade de Cristo, nos seus três modos: na vida, na paixão e na ressurreição. Francisco encontrou-se pela primeira vez com o Crucificado na pequena Igreja de São Damião. Num certo dia, conduzido pelo Espírito, entrou nessa Igreja e prostrou-se diante da imagem do Cristo crucificado que, movendo de forma inaudita os seus lábios, disse: "Francisco, vai e restaura minha casa que, como vês, está toda destruída" (2Cel 10,5). E, conta-nos Celano, que Francisco sentiu desde então uma inefável mudança em si mesmo, pois são impressos mais profundamente no seu coração, embora ainda não na carne, os estigmas da venerável paixão. No entanto, foi ao ouvir o Evangelho acerca da missão dos apóstolos (Mt 10, 7-13), que Francisco compreendeu o real significado da voz do Crucificado, e imediatamente exclamou: "É isto que eu quero, é isto que eu procuro, é isto que eu desejo fazer do íntimo do coração" (1Cel 8,22). Assim, sob o toque ou o apelo de uma afeição, começou devotadamente a colocar em prática o que ouvira, isto é, distribuiu aos pobres todos os seus bens materiais, bem como renegou-se a si mesmo para que, exterior e interiormente livre, pudesse ir pelo mundo e anunciar aos homens a paz, a penitência e, enfim, o amor não amado de Deus. O amor que é Deus realizou-se na sua profundeza, largura e altitude na pessoa de Jesus Cristo. A encarnação, o estábulo, o lava-pés e a Eucaristia são expressões concretas do modo de amar como só o Deus de Jesus Cristo pode e sabe amar. Porém, foi especialmente ao entregar incondicional e gratuitamente a sua vida na Cruz, que o Filho de Deus revelou à humanidade que Deus é essencialmente caridade perfeita. Francisco, por inspiração divina, abraçou pobre e humildemente a cruz de Jesus e deixou-se impregnar, arrebatar e transformar totalmente pelo espírito de abnegação divina. Isso quer dizer que a imitação de Cristo, por parte de Francisco, não é mera repetição mecânica dos gestos exteriores de Jesus, mas é manifestação de sua profunda sintonia com a experiência originária de Jesus Cristo: o Reino de Deus. Somente quem possui o Espírito do Senhor pode observar "com simplicidade e pureza" a Regra e o Testamento de São Francisco e realizar em si mesmo as santas operações do Senhor. Na Terceira consideração dos sacrossantos estigmas considera-se que, aproximando-se a festa da Santa Cruz no mês de setembro, o pai Francisco, na hora do alvorecer, se pôs em oração, diante da saída de sua cela, e entre lágrimas orava desta forma: "Ó Senhor meu Jesus Cristo, duas graças te peço que me faças antes que eu morra: a primeira é que em vida eu sinta na alma e no corpo, quanto for possível, aquelas dores que tu, doce Jesus, suportaste na hora da tua acerbíssima paixão; a segunda é que eu sinta no meu coração, quanto for possível, aquele excessivo amor do qual tu, Filho de Deus, estavas inflamado para voluntariamente suportar uma tal paixão por nós pecadores"(I Fioretti)). E, relata Boaventura que, enquanto Francisco rezava, "viu um Serafim que tinha seis asas (cf. Is 6,2) tão inflamadas quão esplêndidas a descer da sublimidade dos céus. E [...] apareceu entre as asas a imagem de um homem crucificado que tinha as mãos em forma de cruz e os pés estendidos e pregados na cruz. [...] Imediatamente começaram a aparecer nas mãos e nos pés dele os sinais dos cravos" (LM 13,3). Assim, Francisco transformara-se todo na semelhança de Cristo crucificado (cf LM 13,5). Pois, de fato, trazia Jesus no coração, na boca, nos ouvidos, nos olhos, nas mãos, nos sentimentos e em todos os demais membros (cf. I Cel 9,115), e conseqüentemente podia exclamar com o apóstolo Paulo: "Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20). O Pobre de Assis, no seguimento de Jesus Cristo, perdeu a sua própria vida, mas recuperou-a inteiramente em Deus, de acordo com a palavra do Evangelho: "Quem perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la" (Mt 12,25). Todavia, Francisco não somente reencontrou a si mesmo em Deus, como filho de Deus, mas a todos os seres do universo. O Cântico das Criaturas, que compôs pouco antes de sua morte corporal, é expressão jubilosa dessa intensa experiência eco-espiritual: "Louvado sejas meu Senhor, com todas as tuas criaturas". O pai Francisco tornou-se assim um mestre na sequella Iesu. De imediato despertou o fascínio de muitas pessoas e atraiu muitos discípulos e discípulas, entre as quais, Santa Clara. Clara e suas Irmãs, a exemplo de Francisco, também querem chegar ao cimo da montanha da perfeição do amor. A propósito subscrevemos parte do VII capítulo (Do perfeito amor de Deus) de um interessantíssimo opúsculo que Boaventura escreveu à abadessa das Irmãs, do convento de Assis, sobre A perfeição da vida: "Não é possível excogitar um meio mais apto e mais fácil para mortificar os vícios, para progredir na graça, para atingir o auge de todas as virtudes do que a caridade. Por isso diz Próspero, no seu livro Sobre a vida Contemplativa: "A caridade é a vida das virtudes e a morte dos vícios". Como a cera se derrete diante do fogo, assim os vícios perecem diante da caridade. Porque a caridade possui tanto poder que só ela fecha o inferno, só ela abre o céu, só ela dá a esperança da salvação, só ela nos torna dignos do amor de Deus. Tal poder possui a caridade que entre todas as virtudes só ela é chamada propriamente virtude. Quem a possui é rico, tem abundância, é feliz. [...] E diz Santo Agostinho: "Se a virtude conduz a uma vida bem-aventurada, eu quisera afirmar em absoluto que nada é propriamente virtude senão o sumo amor de Deus". Sendo, por conseguinte, o amor de Deus uma virtude tão elevada, cumpre insistir em alcançá-lo acima de todas as demais virtudes; porém, não um amor qualquer, mas só aquele com que Deus é amado sobre todas as coisas e o próximo por amor de Deus. O modo de amar a teu Criador ensina-o o teu esposo no evangelho: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Repara bem, caríssima serva de Jesus Cristo, que amor o teu dileto esposo exige de ti. Quer o teu amado que ao seu amor dediques todo o teu coração, toda a tua alma, todo o teu espírito, de sorte que absolutamente ninguém em todo o teu coração, em toda a tua alma, em todo o teu espírito, tenha parte com ele. Que, pois, fará para amares o Senhor teu Deus realmente de todo o coração? Que quer dizer: de todo o coração? Vê como São João Crisóstomo ensina: "Amar a Deus de todo o coração significa não estar o teu coração inclinado a nenhuma outra coisa mais do que ao amor de Deus; não te comprazeres nas coisas desse mundo mais do que em Deus, nem nas honras, nem mesmo nos pais. Se, todavia, o teu coração se ocupar em alguma destas coisas, já não o amas de todo o coração". Peço-te, serva de Cristo, não te iludas. Fica sabendo que, se amas alguma coisa, e não a amas em Deus e por Deus, já não o amas de todo o coração. Por isso diz Santo Agostinho: "Senhor, menos te ama quem ama alguma coisa contigo". Se amas alguma coisa que não te faz progredir no amor de Deus, não o amas de todo coração. E se, por amor de alguma coisa, negligencias aquilo que deves a Cristo, já não o amas de todo o coração. Ama, pois, o Senhor teu Deus de todo o coração. Não somente de todo o coração, mas também de toda a alma devemos amar a Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Que significa: de toda a alma? Vai dizê-lo Santo Agostinho: "Amar a Deus de toda a alma é amá-lo com toda a vontade, sem restrições". Amarás, certamente, de toda a alma, se sem contradição e de boa vontade fizeres não o que tu queres, nem o que aconselha o mundo, nem o que te inspira a carne, mas aquilo que reconheceres como sendo a vontade de Deus. Amarás, de fato, a Deus de toda a tua alma quando por amor de Jesus Cristo entregares de boa vontade tua vida à morte, sendo necessário. Se nisto, porém, faltares, já não amas de toda a alma. Ama, pois, ao Senhor teu Deus de toda a tua alma, isto é, faze a tua vontade sempre em conformidade com a vontade divina. Entretanto, não só de todo o coração, não só de toda a alma, deves amar o teu esposo, Jesus Cristo. Ama-o também de todo o teu espírito. Que quer dizer: de todo o teu espírito? Di-lo novamente Santo Agostinho: "Amar a Deus de todo o espírito, é amá-lo com toda a memória, sem esquecimento". (in: Obras Escolhidas. Porto Alegre: EST, 1983, p. 433-435). 

Frei João Mannes, OFM 

Fonte: www.franciscanos.org.br - Província Franciscana da Imaculada Conceição, São Paulo/SP

terça-feira, 14 de setembro de 2010

14 de Setembro - Festa da Exaltação da Santa Cruz.

" Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena".

DEPOIS DE JESUS, A CRUZ PASSA A TER UM NOVO SENTIDO.

Antes de Jesus, a cruz era vista como um instrumento de castigo, de humilhação, de condenação dos criminosos. Porém, o fato de Jesus, o Filho de Deus ter sido crucificado deu à cruz um sentido novo: deixou de evocar a condenação e a morte, para significar exaltação da vida. E esta mudança radical da maneira de se ver a cruz foi por causa da vida de Jesus. Jesus, pela sua existência impecável só fazendo o bem e anunciando a Boa Notícia para a nossa salvação, aceitou a morte de cruz, e isto demonstrou a sua fidelidade ao plano do Pai em relação ao Filho, Cordeiro imolado pelos nossos pecados e para a nossa salvação. Nela ficou patente que Deus era o senhor único e exclusivo da vida de Jesus, e que nenhum fariseu ou escriba foi suficientemente forte para desviá-lo do caminho traçado pelo Pai.
Jesus, apesar de ter pedido ao Pai no Horto das Oliveiras que o livrasse daquele cálice amargo, deixou, contudo que se realizasse a vontade desse mesmo Pai. Por isso Jesus não vacilou e enfrentou o martírio de cruz com cabeça erguida, até final em que disse: "Pai tudo está consumado, a Ti entrego o meu espírito".
Espero em Ti, meu Deus, também ter a oportunidade de repetir estas mesmas palavras de Jesus, no meu último instante de vida.
É daí que se originou o respeito dos cristãos pela cruz que passou a simbolizar, sinal de vida eterna. Ao olhar a Cruz, não devemos nos fixar na paixão de Cristo, mas sim na sua ressurreição e no que isto significa para nós durante a nossa caminhada terrena. A cruz nos lembra a fidelidade de Jesus ao plano do Pai. A cruz é um resumo do amor de Jesus pela humanidade, ao entregar-se para resgatá-la do pecado, e é um convite para que façamos o mesmo. Para que nos amemos sem reservas, e para que nos entreguemos também sem reserva ao plano de salvação de Deus Pai, evangelizando: Seja, com o exemplo, seja com a palavra, seja com o testemunho.
Isso porque a cruz representa a dedicação radical e incondicional de Jesus ao Reino, e estimula a todos nós a fazer o mesmo. Portando, não se trata de idolatrar dois pedaços de madeira como já fomos criticados pelos nossos irmãos separados. Exaltar a cruz é, pois, exercer o nosso papel de cristãos, isto é, aqueles que imitam a Cristo não só com a palavra, mais acima de tudo, com o exemplo.

FONTE: http://reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com/

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Grito dos Excluídos 2010: “Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular”.


Hoje, 07 de setembro, tornar-se-á mais intenso o “Grito do Excluídos” com o lema: “Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular”. Objetivando lutar por igualdade social, ou seja, que o poder capitalista não sobreponha os valores morais e éticos do ser humano, a manifestação desafia a pensar e discutir com a sociedade a atual crise do capitalismo, que mais uma vez deixa a conta para os pobres pagarem, e a necessidade de construir um novo projeto de sociedade onde a dignidade da vida esteja em 1º lugar. Vida digna e justa é mais do que mera sobrevivência, exige mudança e condições reais que garantam as aspirações básicas do ser humano.

O Grito teve origem no Setor Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como uma forma de dar continuidade à reflexão da Campanha da Fraternidade de 1995, cujo lema – Eras tu, Senhor – abordava o tema Fraternidade e Excluídos. A mobilização tem como objetivo, transformar as comemorações passivas que ocorrem no Dia da Independência do Brasil, em um momento de cidadania consciente e ativa por parte da população. Hoje, a manifestação tem o apoio e a participação de diversas organizações da sociedade civil.

O evento tem a colaboração de diversas entidades e movimentos sociais como: a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), entre outros. Este ano, dois trios elétricos acompanharão os manifestantes durante todo o percurso, que também serão usados para os discursos dos representantes dos movimentos.

O Grito dos excluídos iniciará com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, que fará o discurso de abertura. Logo em seguida a disponibilização de urnas para o Plebiscito Popular pelo limite da propriedade da terra, esta iniciativa é do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo.


PROGRAMAÇÃO

Recife/PE: O Grito será no dia 07/09 – concentração às 9h em frente à Celpe e na Praça Osvaldo Cruz.

Caruaru/PE: O Grito será realizado por meio de debates temáticos, sempre às 19h na Fafica e Academia de Letras. Dia 04/09, às 14h – Grito das Mulheres do Morro Bom Jesus, grupo de mulheres em ação, local: Centro Missionário D. Helder Câmara. ; 05/09 – Grito dos Excluídos, às 16h, ato público com a presença das organizações e apresentações culturais das comunidades excluídas de Caruaru, local: Pólo Cultural (perto da estação ferroviária).

Garanhuns/PE: Dia 07/09, Grito será realizado após o desfile oficial, contra a corrupção, a violência, injustiças, má distribuição de rende e em defesa dos direitos básicos e sociais.

Nazaré e Paudalho/PE: Estão preparando e organizando o grito pela segunda vez, onde reunirá as cidade de Nazaré e Paudalho, irão gritar juntos os analfabetos e educadores por direito a educação pra todos e catadores. O grito será no dia 07/09.

Limoeiro/PE: Estarão fazendo a semana pré-grito com debates sobre o tema do grito. O grito será no dia 07.

Mais informações: http://www.gritodosexcluidos.org/
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Este blog é de responsabilidade dos Aspirantes Franciscanos de Pernambuco, portanto não expressa necessariamente o pensamento da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil. Todas as mensagens enviadas serão encaminhadas aos promotores vocacionais.