segunda-feira, 4 de junho de 2012

O roteiro do papa no Rio em 2013 /Papa Bento XVI vai desembarcar na cidade para a Jornada Mundial da Juventude. Arquidiocese planeja hospedar o pontífice no palácio São Joaquim, na Glória.


Cecília Ritto, do Rio de Janeiro
Arquidiocese deseja que Bento XVI visite um hospital de referência para o tratamento de drogados, provavelmente o São Sebastião, que será reformado pela Igreja
Arquidiocese deseja que Bento XVI 
visite um hospital de referência para
 o tratamento de drogados, 
provavelmente o São Sebastião, que 
será reformado pela Igreja 
(Alessandro Bianchi/Reuters)
Um dos lugares mais cotados para a hospedagem do papa Bento XVI durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, é o palácio São Joaquim, a residência oficial do arcebispo do estado, dom Orani Tempesta. O casarão do início do século XX fica no bairro da Glória, na Zona Sul da cidade. Se o Vaticano aceitar a sugestão da Igreja Católica do Rio, o papa ficará em um local estratégico para a locomoção durante o evento, que vai de 23 a 28 de julho de 2013. Ainda não se sabe em qual dia Bento XVI desembarcará no Brasil. A experiência das jornadas mostra que o evento cresce quando ele aparece, provavelmente na quinta-feira, dia 25.

Na Glória, duas opções para o deslocamento do papa seriam o aeroporto Santos Dumont, próximo ao Aterro do Flamengo, e o heliponto do Hotel Glória, comprado por Eike Batista. As obras do hotel ainda estão em andamento, mas, se terminadas até 2013, o prédio será uma alternativa. Na visita de João Paulo II ao Rio, durante o II Encontro Mundial do Papa com as Famílias, em outubro de 1997, o local escolhido para a hospedagem foi o Sumaré, onde ficava o cardeal dom Eugênio Sales. Na ocasião, ao lado da residência, foi construído um heliponto para receber um helicóptero UTI e o helicóptero da Presidência da República à serviço de João Paulo.

Outra diferença nas visitas dos pontífices será o local para o encontro com a população. A cerimônia de acolhida de Bento XVI, o primeiro dia em que ele aparece para os jovens, e a via-sacra - quando são expostas imagens da caminhada de Jesus até o calvário e os peregrinos param e rezam em cada uma delas - serão realizadas na praia de Copacabana. Em 1997, João Paulo II celebrou uma missa no Aterro do Flamengo. Dom Orani lembrou, nesta sexta-feira, que as árvores do parque encobririam a visão dos fieis para o altar.

Na jornada, em 2013, a vigília e a missa com o papa, momento em que todos os jovens se reúnem em um só espaço desde a tarde de sábado até a manhã de domingo, dia do encerramento da jornada, acontecerá na base aera de Santa Cruz, pertencente à Força Aérea Brasileira. No local, na zona oeste da cidade, cabem até cinco milhões de pessoas. A estimativa de participantes é de dois milhões de jovens. Copacabana, onde ocorrerão os primeiros eventos com a presença do papa fica a cerca de nove quilômetros da Glória. Já a base aérea é separada da Glória por aproximadamente 70 quilômetros.

Padre Omar, coordenador de logística da JMJ, afirma que Santa Cruz, apesar de distante do centro, é um local que pode ser acessado por algumas frentes, como ônibus e trem. O bairro é o último da Avenida Brasil, a via expressa que corta a cidade, do centro até Santa Cruz. Outra alternativa será o uso do Bus Rapid Transit (BRT) da Transoeste, que ligará a Barra da Tijuca até perto da base aérea. A prefeitura poderá disponibilizar mais ônibus articulados para trafegarem pela faixa exclusiva durante a JMJ.

Também faz parte da jornada a peregrinação a pé até chegar a Santa Cruz, o que ajudará os transportes a darem conta da multidão. “Em nenhuma jornada até hoje houve facilidade de acesso ao evento final. Estamos tentando minimizar isso”, afirmou Dom Orani Tempesta. “Será o primeiro grande evento dessa magnitude em Santa Cruz. Será um novo olhar sobre aquela região. O papa verá as belezas da zona sul e também da zona oeste”, disse.

A agenda do papa no Rio ainda não está fechada. Isso deve acontecer no fim do ano, quando a arquidiocese do Rio enviará as sugestões para os assessores do papa, encarregados de dar o aval à programação. Dom Orani pediu que o Cristo Redentor fique aberto 24h e tem o desejo de que o papa dê uma benção do alto do Corcovado. Se a vontade do arcebispo vingar, fará parte do roteiro de Bento XVI visitar a Catedral Metropolitana, a Igreja da Penha e uma favela- assim como fez João Paulo II em passagem pelo Rio, quando conheceu o Vidigal.

Há um grande interesse também que o padre inaugure um hospital para dependentes químicos. Esse já é tido como o principal legado social da jornada: a conscientização e o combate às drogas. A ideia é reativar o hospital São Sebastião, no Caju, com o dinheiro da Igreja, e transformá-lo em um centro de referencia no tratamento para viciados.

O Maracanã também poderá fazer parte do circuito do papa. Ali é cotado para acontecer o encontro entre Bento XVI e os voluntários, que devem chegar a 60 mil- hoje estão inscritos 28 mil. Esse momento costuma ser o último encontro do padre, em uma forma de agradecer a cooperação.

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