sexta-feira, 6 de julho de 2012


800 anos da Fundação da Ordem de Santa Clara – Um acontecimento a ser vivido



      Em 2012, as Irmãs Clarissas de todo o mundo estarão comemorando 800 anos de Fundação da Ordem de Santa Clara. Celebraremos o fato ocorrido com Clara, a jovem da nobreza italiana do século XII, que inflamada pelo amor de Cristo, inicia uma aventura evangélica semelhante a que Francisco iniciou ao receber a graça de fazer penitência e de seguir a Cristo de modo apaixonante.

     Num discurso improvisado às Irmãs Clarissas de Assis em 1982, o nosso saudoso papa João Paulo II recomendou: “Quando celebrardes o centenário de Santa Clara, devereis fazê-lo com grande solenidade... Em nossa época, é necessário repetir a descoberta de Santa Clara... É necessário redescobrir esse carisma, essa vocação; urge redescobrir a lenda divina de Francisco e Clara”.

     Como resposta a essa recomendação, toda a Ordem de Santa Clara e com ela toda a Ordem Franciscana começou a se preparar para esse grande acontecimento. No Domingo de Ramos de 2009, foi iniciada a preparação para o Grande Jubileu – o 8º Centenário da Fundação da Ordem de Santa Clara, que culminará no dia 11 de agosto de 2012.

         É o aniversário da Ordem de Santa Clara! É sempre interessante e cativador o pensamento de um aniversário, pois traz consigo uma beleza e vitalidade singular. E para celebrar um aniversário é preciso preparar-se; preparar o coração, perder tempo, criar laços com o que se comemora, porque antes de uma grande festa a ser celebrada, o aniversário de 800 anos da Ordem de Santa Clara é um acontecimento a ser vivido.

          Ao pensar em 800 anos de vida clariana pulsante em cada continente, quantos questionamentos nos saltam a mente! Se olharmos ao nosso redor nos deparamos com o mundo da evolução da tecnologia que garante a facilidade na vida das pessoas, mas também com um mundo que, em meio de tantas facilidades, as pessoas se tornam cada vez mais gananciosas, recebemos pelos meios de comunicação uma avalanche de notícias sobre pessoas que já não sabem mais como se relacionar - e isso comprovamos pelo número de famílias destruídas, roubos e assassinatos cada vez mais assustadores -, e ainda o aumento de pessoas com depressão, sem contar com a miséria que chega a tirar até a dignidade humana. Quantas notícias tristes! E em meio a tudo isso uma luz acesa há 800 anos brilha no mundo e encanta a milhares de pessoas. E podemos nos perguntar: por que, hoje, no século XXI, tantas pessoas se voltam para olhar dois pobres da Idade Média? O que faz com que tantas pessoas envolvidas pelo “mundo da novidade” olhem com admiração para o passado, para uma forma de vida, aparentemente, tão ultrapassada?

        O interesse pela vida de Santa Clara se dá justamente porque mesmo sendo um estilo de vida iniciado há 8 séculos atrás, antes de antiquado, é atual, questionador, convocador e provocador para os inúmeros desafios humanos e sociais de hoje. E ao lermos os Escritos de Santa Clara entendemos isso nitidamente, pois ela fala de uma realidade que é sempre atual: a realidade humana.

     Se estamos falando sobre a superficialidade nos relacionamentos hodiernos, Clara ensina com maestria: “Amando-vos uns aos outros com a caridade de Cristo, demonstrai por fora, por meio das boas obras, o amor que tendes dentro”. Diante da ganância e da sede de poder, ela diz sabiamente que “... seguindo os passos da humildade e pobreza... você vai conter quem pode conter você e todas as coisas, vai possuir algo que, mesmo comparado com as outras posses passageiras deste mundo, será mais fortemente seu”. Se comentarmos sobre a depressão, como mulher experiente nos anseios do coração humano diz: “Exulte sempre no Senhor também você e não se deixe envolver pela amargura e o desânimo”. E se ainda nos questionarmos sobre a miséria na qual tantas pessoas vivem, ela nos lembra que nosso “tão grande e elevado Senhor, vindo a um seio virginal, quis aparecer no mundo desprezado, indigente e pobre, para que os homens, paupérrimos e miseráveis, na extrema indigência do alimento celestial, nele se tornassem ricos, possuindo os reinos celestes”.

     Assim, podemos colher de seus escritos e de sua vida, inúmeras respostas e ensinamentos para os problemas de hoje, pois sua vida é profética. Nos seus 41 anos de vida sem sair do mosteiro, Clara demonstra que a vida contemplativa enclausurada não significa passividade pietista e não se identifica com uma falta de empenho para com os desafios da vida humana, mas sim, uma contemplação de Cristo, contemplação que leva à transformação. Ela aprendeu a ver o mundo com os olhos do Senhor Crucificado, e nesse espelho encontrou respostas para os dramas da vida humana e, assim, audaciosamente, comprometeu-se com todas as dores do homem, numa terna compaixão.

       E Santa Clara nos ensina seu segredo: “Ponha a mente no Espelho da Eternidade, coloque a alma no esplendor da glória, ponha o coração na figura da substância divina e transforme-se inteira, pela contemplação, na imagem da divindade”. Seu segredo é a contemplação de Cristo, contemplação que é seguimento, imitação. Somos homens e mulheres sedentos de modelos a seguir, é fácil perceber isso ao observarmos como uma moda se difunde na sociedade, seja uma roupa, jeito de falar ou sorrir e até o modo de se comportar. E para essa sede, Clara nos mostra com sua vida – e esse 8º centenário evidencia isso – que o único modelo, exemplo e espelho, por excelência, é o Senhor Jesus Cristo.



Nesse momento em que estamos já vivendo o segundo ano preparatório para esse grande acontecimento que envolve toda a Família Franciscana, temos como proposta o aprofundamento da Contemplação, logo após meditarmos no ano passado sobre a nossa vocação.

      Que durante esse período possamos reavivar a chama desse dom de Deus em nossas vidas. E assim comunicar ao mundo de hoje a força dessa sedução que caracterizou o “tempo das origens” e exprimir com maior coerência o que somos e para quem vivemos. Pois, reconhecer a nossa vocação significa dar graças ao Pai de toda misericórdia por tudo que realizou em nossas vidas e, principalmente, responder a essa vocação com toda grandeza de alma que merece uma celebração de 800 anos de vida. É voltar às origens, viver o essencial da Ordem que permanece vivo e forte apesar de nossas fraquezas e limitações. É “não perder de vista o ponto de partida” e “completar apaixonadamente a obra” que nossos seráficos pais começaram tão bem e nós “assumimos na santa pobreza e na humildade sincera”.



Em Louvor de Cristo. Amém!



Irmãs Clarissas



Mosteiro Santa Clara de Deus Trino - DF
fonte: site FFB
               

quinta-feira, 5 de julho de 2012

festa de Santo Antônio do Recife/PE dias 1 à 13 do mês de Junho


A festa de Santo Antônio do Recife – PE, que ocorreu nos dias 1 à 13 desse mês de junho, foi uma verdadeira homenagem ao Santo Padroeiro desta cidade, então dito pelo arcebispo Dom Fernando. Foram tempos de graça e emoções, ao poder perceber estampado no rosto dos fiéis e no esforço das pessoas que se dedicaram para o acontecimento da festa. É de valia salientar o esforço do Guardião Frei Augusto Lessa e do Provincial Frei Marconi Lins de Araújo como também dos confrades daquela casa. Aqui ressalto a noite do dia 12, que ficou aos cuidados do Serviço de Animação Vocacional SAV desta Província. O interessante é que na ocasião estavam presentes alguns representantes das etapas formativas da província. Os vocacionados do Recife Mendelson e Maico, os animadores vocacionais desta região freis Adriano Ferreira e Janael Vieira, frei Rogerio Rodrigues mestre do postulantado sediado atualmente em Triunfo – PE e frei Gilton Rezende mestre dos junioristas de Olinda – PE. O SAV estava bem representado com a presença desses confrades e outros, pois segundo as nossas constituições todo frade deve ser animador de todas as vocações.
Celebrar Santo Antônio com os irmãos e a comunidade é revigorara a vocação! É importante lembrar a presença dos Amigos das Vocações Franciscanas AVF, não dá para falar da Animação Vocacional sem AVF. A alegria e o sentimento de esperança eram latentes nas palavras e expressões dos mesmos. Que Santo Antônio com seu exemplo nos ensine a viver a nossa vocação. SÃO JOÃO DOS FADES Aconteceu nos dias 23, 24 e 25 mais uma reunião dos Vocacionados Franciscanos do regional Pernambuco e teve como tema central “Vida religiosa como modo de ser Cristão”. O encontro vocacional deste mês de junino foi diferente de todos os outros. Primeiro pela disponibilidade dos freis Lucinaldo que frisou um pouco sobre a história da Vida Religiosa e Dennys que falou sobre Carisma Franciscano na Igreja. Tivemos também uma cara nova, um novo vocacionado Antônio José oriundo da cidade de Bom Conselho-PE. O momento fraterno foi o arraial que aconteceu em comunhão com a fraternidade de Olinda e a fraternidade do Convento Santo Antônio do Recife onde aconteceu o encontro. Claro que não da para tratar com detalhes os acontecimentos em tão poucas linhas, o certo é que aconteceu e que deixou uma semente de vida nos participantes. Que nosso pai Seráfico São Francisco continue chamando jovens e os chamados vivão o ideal franciscano.

 

Encontro Vocacional de Junho de 2012

Nos dias 22,23 e 24 de Junho de 2012 aconteceu mais um encontro vocacional, no convento de santo António do Recife-PE com o tema; Vida Religiosa, como modo de ser Cristão. A santa Missa foi o primeiro ato de iniciação, onde com muita alegria foi apresentado o nosso irmão ANTONIO, como o mais novo membro dessa caminhada na fé. Após o termino da missa que foi presidida pelo o nosso reverendo Provincial, Frei Marcone Lins de Araújo, ofm fomos à biblioteca assistir o filme o Anel de tucum. Onde estava presente os irmãos Frei Diego, Frei Adriano, Maicon, Mendelson, wilson, Daniel, Filipe, Antônio e Helivânio e percebemos alguns exemplos muito importante para a nossa vida missionaria. Apos o termino do filme fomos nos recolhermos com muita ansiedade para o dia seguinte. Ao acordarmos ao som dos fogos estourados anunciando o dia de são João, mas não perdemos a essência do tema do nosso encontro que foi realizado pelo Frei Lucinaldo, que fez uma introdução do tema, a respeito da historicidade da VR, com entusiasmo e curiosidade aprendemos sua origem na historia da igreja. Finalizamos o dia com a santa missa presidida pelo Frei Antônio Carlos, OFM. E ainda a nossa recreação, que foi o São João juntamente com os Frades de Olinda e Recife, também a presença de algumas Irmãs. Foi então uma noite de graça e verdadeira Confraternização fraterna. No domingo, a ilustre Frei Dennys Santana, enriqueceu e aprofundou o tema, relatando o carisma Franciscano com uma ótica do concilio vaticano ll. Deixou-nos um questionamento "por que voltar às origens?" Logo em seguida construímos, um dialogo sobre o sub tema, em forma de debate, encerrou-se o encontro com a avaliação, tido como positivo. "Que alegria do senhor seja a nossa força e iluminados com a graça de Deus, esperamos ansiosos os nossos próximos encontros que será no dia /08/12. Ate lá esperamos com muita felicidade este dia chegar." Maicon Takashi Kondo e Mendelson Branco PAZ E BEM.

Objetivo da JMJ




    “O principal objetivo das Jornadas é fazer a pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem para que Ele possa ser seu ponto de referência constante e também a inspiração para cada iniciativa e compromisso para a educação das novas gerações.” (Carta de João Paulo II ao Cardeal Eduardo Francisco Pironio na ocasião do Seminário sobre as Jornadas Mundiais da Juventude organizado em Czestochowa).

      Foi assim que o Papa João Paulo II, o grande idealizador das Jornadas Mundiais da Juventude, explicou o porquê desses encontros mundiais. Um tempo para reavivar nos jovens a sua caridade e celebrar a fé na união da diversidade de povos, línguas e nações. As Jornadas são como fontes para reabastecer a fé de cada jovem na Igreja e da Igreja nos jovens.

     Elas não concorrem com as pastorais da juventude, os movimentos ou grupos jovens, mas são um tempo especial para uma vivência cada vez mais profunda na intimidade com Cristo e no amor pela humanidade. Como o Santo Padre disse na mesma carta: “Uma Jornada da Juventude oferece ao jovem uma experiência viva de fé e comunhão, que o ajudará a enfrentar as questões profundas da vida e a assumir com responsabilidade o seu lugar na sociedade e na comunidade eclesial.”

História da Jornada


    
Conheça as Jornadas Mundiais da Juventude


Em 1984 foi celebrado na Praça São Pedro, no Vaticano, o Encontro Internacional da Juventude com o Papa João Paulo II, por ocasião do Ano Santo da Redenção. Na ocasião, o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.
O ano de 1985 foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano e no mesmo ano o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude.
Todos os anos ela acontece em âmbito diocesano, celebrada no Domingo de Ramos e, com intervalos que podem variar entre dois e três anos, são feitos os grandes encontros internacionais.
Veja onde e quando aconteceram a primeira JMJ e as edições em nível internacional:

1986

A primeira Jornada Mundial da Juventude, realizada em Roma em 1986, teve como lema "Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês"(1Pd 3, 15). A celebração aconteceu em âmbito diocesano.
1989 A quarta Jornada Mundial da Juventude se deu em 1989, em Santiago de Compostela,na Espanha, com o lema: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”(Jo 14,6).
1993 A 8ª JMJ foi realizada em Denver, nos Estados Unidos, em 1993, sob o lema “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (Jo 10,10).
1997 Paris, na França, recebeu a 12ª Jornada Mundial da Juventude em 1997 com o lema “Mestre, onde moras? Vinde e vereis" (Jo 1,38-39).
2002 A 17ª Jornada Mundial da Juventude, em 2002, foi realizada em Toronto, no Canadá, com o lema “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo" (Mt 5,13-14). Foi a última Jornada com a presença do Papa João Paulo II.
2008 "Recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas" (Atos 1, 8) foi o lema da JMJ da Austrália, em 2008. Na cidade de Sydney milhares de jovens cruzaram os continentes para participar da 23ª terceira edição da Jornada.
1987 A JMJ seguinte, em 1987, o primeiro dos encontros fora de Roma ocorreu em Buenos Aires, na Argentina, com o lema “Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele.” (1 Jo 4, 16). Na ocasião, um milhão de pessoas participaram do evento.
1991 Em 1991, foi a vez da Polônia, terra natal de João Paulo II. Foi a primeira reunião dele com milhares de jovens em um país do Leste Europeu. A 6ª JMJ aconteceu em Czestochowa, com o lema “Vocês receberam o Espírito que os adota como filhos" (Rm 8,15).
1995 A maior jornada realizada até hoje, em número de participantes, cerca de quatro milhões, aconteceu em Manila, nas Filipinas em 1995, com o lema “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio"(Jo 20,21).
2000 “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14) foi o lema da grande Jornada de 2000, o ano do Jubileu da Juventude. A 15ª JMJ aconteceu em Roma, na Itália e reuniu quase três milhões de jovens.
2005 No ano de 2005 a juventude acolheu de braços abertos a primeira jornada conduzida pelo Papa Bento XVI, realizada em sua terra natal, a Alemanha. Colônia foi a cidade sede da 20ª JMJ que teve como lema "Viemos adorá-lo" (Mt 2, 2) e recebeu aproximadamente um milhão e meio de peregrinos.
2011 Em agosto de 2011 cerca de dois milhões de jovens se reuniram para a 26ª Jornada Mundial da Juventude, realizada em Madri, na Espanha, com o lema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf. Cl 2, 7).


Leia mais: http://www.franciscanosne.com/jmj/

Encontro dos Animadores vocacionais


      Nós promotores vocacionais da Província de Santo Antonio do Brasil vindo de todo o Nordeste estivemos reunidos entre os dias 29 e 30 em Canindé - CE para a nossa formação. Contamos com a assessoria de Frei Eudes, ofmcap com o tema: “como anunciar às juventudes nossa proposta de vista”. O objetivo deste encontro é nos formar ainda mais para o desafio de um tempo que se modifica com muita rapidez, nos deixando à possibilidade de criar novos meios de promover vocações. São Francisco continua sendo o nosso maior promotor e, por isso, a cidade de Canindé é um meio inspirador para novos anseios vocacionais.

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Este blog é de responsabilidade dos Aspirantes Franciscanos de Pernambuco, portanto não expressa necessariamente o pensamento da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil. Todas as mensagens enviadas serão encaminhadas aos promotores vocacionais.